O médico Pedro Andrade, apontado como suposto namorado da cantora Sandy, viralizou nas redes sociais recentemente ao compartilhar sua dieta. Em publicação feita no último 11, ele mostrou que consome alho em jejum três vezes por ano para obter os benefícios do ingrediente.
“Hoje começo meu terceiro ciclo anual de alho em jejum. Eu uso durante 60 dias 3x ano, não consecutivo pois posso criar sensibilidade ao alimento (como todo alimento que você consome com frequência – devemos respeitar a sazonalidade de Deus)”, escreveu Andrade, na legenda da publicação.
No post, o médico explica que grelha o alho no azeite por um minuto para “tirar um pouco do gosto ardido e deixar mais tolerável”. “Já faço o da semana, depois vou tirando um por dia, amasso e consumo de estômago vazio. 500ml de água em seguida. Se ingerirmos junto com os alimentos, ele perde parte das propriedades medicinais por competir com outros nutrientes a absorção”, completa.
De acordo com Audrey Yule Coqueiro, nutricionista e professora do curso de nutrição do Centro Universitário Braz Cubas, evidências científicas confirmam os benefícios do alho para a saúde. “O alho apresenta diversas propriedades, como antioxidante, anti-inflamatório, anti-fúngico, hipotensor, hipoglicemiante e anticoagulante”, afirma.
No entanto, a especialista ressalta que não há estudos científicos bem delineados sobre a “dieta do alho” ou ciclos específicos para o consumo do alho, como feito por Andrade.
Além disso, o consumo em excesso do ingrediente, em pessoas sensíveis, pode levar à queda de pressão arterial, devendo ser consumido com cautela por quem já faz uso de medicamento para hipertensão. “Pacientes em uso de anticoagulante podem ter mais risco de hemorragia e pacientes em uso de medicamentos hipoglicemiantes podem ter mais risco de hipoglicemia”, acrescenta.
Apesar disso, Coqueiro ressalta que o consumo de alho puro — sem outros ingredientes — pode ser uma estratégia para aumentar a biodisponibilidade de seus princípios ativos. “Os compostos bioativos de alimentos podem competir com outros compostos e com nutrientes”, explica.
Por outro lado, outros fitoterápicos, como cebola e o orégano, podem ter efeitos semelhantes aos observados pelo consumo do alho, de acordo com a nutricionista.
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