O cabo Misael Matheus da Silva, de 29 anos, conhecido nas redes sociais como “Cobra Policial”, foi morto a tiros na noite da última sexta-feira (3) no bairro de Água Fria, na zona norte do Recife (PE).
O autor dos disparos, Thiago José da Silveira Amorim, de 39 anos, também cabo da PM, lotado no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), se entregou após o ocorrido e alegou ter agido em legítima defesa.
À CNN, a Polícia Civil informou que Thiago responde ao processo em liberdade, enquanto o caso segue sob investigação pela 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios (2ªDPH).
O caso ocorreu por volta das 22h50 em frente a um bar e foi registrado por câmeras de segurança. Misael estava na calçada conversando com a esposa, quando uma viatura da PM passou e fez uma manobra para desviar de uma caminhonete estacionada no meio da via. Em seguida, outro carro passou pelo local, realizando a mesma manobra para evitar bater no carro que estava parado.
Misael, observando a cena, se aproximou do veículo estacionado. De dentro do veículo, o outro PM começa a atirar contra Misael. As imagens mostram que, nesse momento, ele se abaixa e se afasta do carro, enquanto a arma dele cai no chão. Após isso, ele caminha por alguns metros, até cair no chão. O autor dos disparos sai do carro, pega a arma de Misael e deixa o local dirigindo.
Veja o momento da ocorrência:https://www.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2025/01/WhatsApp-Video-2025-01-06-at-10.02.02.mp4
Durante depoimento, Thiago informou que estava no carro observando a movimentação do bar quando Misael se aproximou, armado, e iniciou uma discussão com ele. Segundo Thiago, foi nesse momento que ele decidiu disparar, alegando legítima defesa. Ele afirmou não conhecer a vítima.
Misael Matheus da Silva atuava no 1º Batalhão da Polícia Militar e contava com mais de 76 mil seguidores no Instagram, onde compartilhava dicas de segurança e orientações sobre como evitar golpes. Ele deixou esposa e filho e estava na Polícia Militar de Pernambuco havia sete anos. O corpo foi enterrado no último domingo (5).
A CNN pediu um posicionamento à Polícia Militar, mas ainda não obteve retorno.