O Vaticano informou nesta segunda-feira (28) que o conclave para eleger um novo pontífice começará na próxima quarta-feira (7).
A reunião para escolher um novo papa, após a morte de Francisco, reunirá 135 cardeais, com menos de 80 anos, que são aptos a escolher o futuro líder da Igreja Católica.
A data foi decidida durante uma reunião a portas fechadas de cardeais no Vaticano, a primeira desde o funeral do papa Francisco no sábado (26).
Processo de votação do novo papaDepois que os cardeais chegam ao Vaticano, o conclave começa com uma missa matinal especial na Basílica de São Pedro. Eles caminham até a Capela Sistina para começar o processo da eleição.
A votação é realizada a portas fechadas, e o sigilo é rigorosamente guardado. A capela é verificada em busca de câmeras e microfones escondidos, e os cardeais não têm permissão para falar sobre os procedimentos com ninguém de fora do grupo. Se o fizerem, podem ser excomungados.
O jornalista Jonathan Mann explicou para a CNN Internacional os rituais que acontecem dentro da Capela Sistina. A votação acontece em cédulas de papel distribuídas a cada cardeal, que escreve o nome do candidato escolhido abaixo das palavras em latim “Eligo in Summun Pontificem” (“Eu elejo como pontífice supremo”).
Pela regra, os cardeais não podem votar em si próprios e os votos são anônimos.
Quando terminam, cada cardeal — em ordem de senioridade — caminha até um altar para colocar cerimoniosamente sua cédula dobrada em um cálice. Os votos são então contados e o resultado é lido para os cardeais.
Se um cardeal receber dois terços dos votos, ele se torna o novo papa.
Segundo um documento do Vaticano sobre os procedimentos do conclave, o primeiro dia é reservado para missas e orações. Caso elas sejam finalizadas pela tarde, já pode ser realizada uma votação no mesmo dia.
Se nenhum cardeal receber o número de votos necessário para ser eleito papa, serão feitas até quatro votações por dia nos dias seguintes — duas pela manhã e duas à tarde.
O processo pode se repetir até o terceiro dia de conclave. Se ao final deste dia ainda não houver uma definição, o quarto dia será reservado para uma pausa para oração e discussão.
Na sequência, o processo pode continuar por mais sete rodadas de votação, da mesma maneira que no início do conclave. Depois disso, há outra pausa para orações e, na sequência, as votações são retomadas de novo.
Entretanto, dos últimos 11 conclaves realizados, nenhum durou mais do que quatro dias, segundo a diocese de Providence, Rhode Island, dos Estados Unidos.
Fumaça branca indica resultadoNão se pode entrar na Capela Sistina, porém fiéis e jornalistas ficam sabendo do resultado por meio da cor da fumaça que sai do telhado do Vaticano.
As cédulas são queimadas após as votações, uma vez pela manhã e uma vez à tarde.
Caso um papa não tenha sido escolhido, as cédulas são queimadas com um produto químico que deixa a fumaça preta.
No entanto, se a fumaça que sair do telhado for branca, isso significa que os católicos do mundo terão um novo chefe da Igreja.
O momento é sempre de muita festa para os milhares de fiéis que esperam o processo no Vaticano.
Tradicionalmente, cerca de 30 a 60 minutos após a fumaça branca, o novo papa aparecerá na sacada com vista para a Praça de São Pedro.
O novo pontífice então falará brevemente e fará uma oração. Dias depois da eleição, o papa assume formalmente o cargo.
Os dois últimos papas foram empossados na Catedral de São Pedro.
*Matéria em atualização
Trocar imagemTrocar imagem
1 de 10
Cardeal Pietro Parolin em Roma • 2/3/2022 REUTERS/Remo Casilli
Trocar imagemTrocar imagem
2 de 10
Cardeal Matteo Zuppi em Moscou • 29/6/2023 REUTERS/Maxim Shemetov
Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem
3 de 10
O Patriarca Latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, participa de uma missa em homenagem ao Papa Francisco na Igreja do Santo Sepulcro em 23 de abril de 2025 em Jerusalém. • Amir Levy/Getty Images
Trocar imagemTrocar imagem
Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem
4 de 10
O cardeal Luis Antonio Tagle participa de uma missa com os novos cardeais, presidida pelo papa Francisco na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro de 2024, na Cidade do Vaticano. • Franco Origlia/Getty Images
Trocar imagemTrocar imagem
5 de 10
O cardeal húngaro e arcebispo de Budapeste, Peter Erdo, comparece à missa na Basílica de São Pedro, antes dos cardeais entrarem no conclave para decidir quem será o próximo papa, em 12 de março de 2013 na Cidade do Vaticano, Vaticano. • Franco Origlia/Getty Images
Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem
6 de 10
Vista do cardeal francês Jean-Marc Aveline durante a cerimônia fúnebre de Jean-Claude Gaudin, que foi prefeito de Marselha de 1995 a 2020. • Denis Thaust/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Trocar imagemTrocar imagem
Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem
7 de 10
O cardeal maltês Mario Grech celebra a Santa Missa na conclusão da 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos na Basílica de São Pedro em 29 de outubro de 2023 na Cidade do Vaticano, Vaticano. • Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images
Trocar imagemTrocar imagem
8 de 10
O bibliotecário apostólico do Vaticano, cardeal português José Tolentino de Mendonça, posa na instalação específica do local ‘The Clearest Way’ do artista romano Pietro Ruffo no Barberini Hall durante a abertura da exposição “EVERYONE: Humanity On Its Way” em 08 de novembro de 2021 na Cidade do Vaticano, Vaticano. • Franco Origlia/Getty Images
Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem
9 de 10
O cardeal americano Robert Francis Prevost lidera orações do terço pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 3 de março de 2025 na Cidade do Vaticano. • Christopher Furlong/Getty Images
Trocar imagemTrocar imagem
Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem
10 de 10
O cardeal britânico Arthur Roche lidera a sessão de oração do rosário pela saúde do Papa Francisco na Praça de São Pedro em 4 de março de 2025, na Cidade do Vaticano. • Christopher Furlong/Getty Images
visualização default visualização full visualização grid