O número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Rio de Janeiro apresentou um aumento alarmante de 164%, conforme revelado pelo Boletim InfoGripe da Fiocruz. Este crescimento significativo tem chamado a atenção de especialistas e autoridades de saúde.
Leonardo Bastos, coordenador do InfoGripe da Fiocruz, explica que, embora seja comum um aumento de doenças respiratórias nesta época do ano, o atual cenário está acima do esperado. “É corriqueiro porque nesse período do ano sempre tem um aumento das doenças respiratórias de forma geral, mas também está um pouco acima do esperado”, afirma Bastos.
O especialista destaca a presença de diversos vírus respiratórios circulando simultaneamente. “A gente está vendo um aumento dos vírus respiratórios. Estamos identificando o rinovírus, o vírus sincicial respiratório, e eles têm uma associação com essas hospitalizações”, explica.
Grupos de riscoBastos alerta para dois grupos distintos que merecem atenção especial neste momento. As crianças, principalmente as menores de um ano, são mais suscetíveis ao rinovírus e ao vírus sincicial respiratório. Já os idosos e pessoas com problemas imunológicos correm maior risco com o vírus da influenza e o coronavírus, embora este último esteja em baixa no momento.
“A gente está vendo nesse momento um pouco de um aumento de casos de influenza nos mais velhos, e nos pequenininhos a gente está vendo uma epidemia de VSR, o vírus sincicial respiratório”, detalha o coordenador.
Importância da vacinação e cuidadosO especialista ressalta que a proteção mais eficaz contra a influenza é a vacinação. “A vacina protege contra esses casos mais sérios”, afirma Bastos. Ele também recomenda o uso de máscaras para pessoas com sintomas respiratórios, destacando sua eficácia na prevenção da transmissão de diversos vírus.
“A máscara é até mais eficiente contra outros vírus, porque era para a Covid. Então é muito recomendável, é muito desejável que se a pessoa está com sintomas respiratórios, que ela use máscara para evitar passar para outras pessoas”, conclui Bastos, enfatizando a importância de adotar essa prática como um hábito cultural para prevenir a propagação de doenças respiratórias.
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