Ao lado de sua mãe, Mercedes, a atriz Taís Araújo, 46, se emocionou ao recordar as críticas que recebeu ao interpretar Helena, personagem icônica de Manoel Carlos em “Viver a Vida”, exibida em 2010.
“Eu via a novela, e eu não achava que estava dando errado, eu achava que ela estava ótima, só que o público não aceitava que ela já chegou rica, mulher poderosa, super premiada, ainda me encontra um cara que se apaixona e que é riquíssimo, aí pronto”, contou a matriarca em entrevista ao Fantástico no último domingo (11).
“O público odiou, e ela chorava. Eu falei: ‘você não está fazendo nada errado, está tudo certo, eu quero que você viva, eu quero você mentalmente boa, sã’. Isso é só um trabalho, isso aí vai passar, vai acabar”, acrescentou.
Indo além da responsabilidade de ser a figura principal da obra, a atriz também foi a primeira protagonista negra do autor. Na época, ela largou tudo na França, onde morava, para aceitar o convite de viver a personagem.
“Fico emocionada, porque hoje eu sou mãe. Você ver o filho seu muito triste, a gente não quer isso na vida. Helena não foi só um trabalho, foi ‘o trabalho. Não era o fantasma que eu pintei. Pelo contrário, Helena foi muito transformada para muitas mulheres. A quantidade de mulher que eu encontro e falam: ‘Deixei meu cabelo ficar crespo porque te vi na novela como Helena’”, pontuou Taís.
“Depois de Escrava Isaura, a Helena foi uma personagem que ampliou o meu olhar artístico. Lembro que falei para um amigo: ‘Preciso botar minha negritude para fora em todas as minhas personagens’. Tanto que minha carreira é uma antes e outra depois”, garantiu.
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