Uma erupção solar de classe X2.7 ocorrida na quarta-feira (14), a mais forte de 2025 até o momento, causou interferência em sinais de rádio no lado iluminado da Terra, conforme o ScienceAlert. Países na Europa, Ásia e Oriente Médio foram os mais afetados pelo apagão.
O evento teve origem na região ativa de manchas solares AR4087 do Sol, que fica no extremo leste do astro celeste, atingindo o ápice por volta das 5h25 (horário de Brasília). Explosões como esta são comuns no período em que a estrela passa pela fase mais ativa do seu ciclo de 11 anos, o que ocorre agora.
Leia também: Buraco 62 vezes maior que a Terra aparece no Sol e pode intensificar as aurorasA erupção solar foi registrada pelo Observatório de Dinâmica Solar da agência espacial americana. (Imagem: NASA/Divulgação)O que as erupções solares podem causar?Impactar as comunicações de rádio é um dos efeitos das erupções do Sol, como aconteceu neste caso. Mesmo não estando diretamente voltada para a Terra, esta explosão liberou um intenso pulso de raios X e radiação ultravioleta que chegaram ao planeta em pouco tempo.
Ao atingir a atmosfera, o evento solar afetou sinais de rádio de alta frequência (HF), deixando operadores sem comunicação momentaneamente;O apagão de rádio causado por esta erupção solar foi classificado como de nível R3, considerado forte;Em algumas ocasiões, as erupções são acompanhadas de ejeções de massa coronal (EMC), espalhando bilhões de toneladas de partículas solares pelo espaço;Quando interagem com a atmosfera terrestre, essas partículas levam à formação das auroras;Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), esta explosão não resultou em outros impactos além da interrupção momentânea das transmissões de rádio.Poderosas explosões de energia, as erupções do Sol também podem provocar distúrbios nas redes elétricas e nos sinais de navegação, como destaca a NASA. Além disso, representam riscos para naves espaciais e astronautas, em determinadas ocasiões.
Saiba mais: Evento Carrington: o dia que o Sol quase ‘apagou’ a civilização na TerraTais problemas são associados às tempestades magnéticas, que ocorrem a partir da interação entre o vento solar e o campo magnético da Terra, impulsionada pelas ejeções de massa coronal. Em geral, elas dependem da intensidade das erupções e de o material liberado estar na direção do planeta.
As transmissões de rádio foram afetadas pela erupção solar de forte intensidade. (Imagem: Getty Images)Quais são as categorias de erupção solar?As erupções do Sol de classe X, como a registrada agora, são as mais fortes e que representam maiores riscos para a Terra, aumentando as chances de blecaute nas comunicações via rádio e nos sistemas de navegação. Os números que acompanham a letra fornecem detalhes sobre a intensidade do fenômeno.
Já os eventos de classe M apresentam média intensidade, geralmente afetando as regiões polares e resultando em rápidos bloqueios das transmissões radiofônicas. Por sua vez, a erupção solar de classe C é de baixa intensidade e não traz problemas para a Terra, enquanto as das classes B e A são ainda mais fracas.
Vale destacar que esses eventos acontecem com frequência durante o máximo solar, período em que os polos magnéticos do Sol mudam de posição. Essa alteração é acompanhada do aumento da atividade de manchas solares, erupções e ejeções.
Fique por dentro: Campo magnético fraco e explosões solares são uma combinação fatal para a TerraO máximo solar foi anunciado em outubro do ano passado por NASA, NOAA e o Painel de Previsão do Ciclo Solar, mas o Sol ainda continua agitado passados mais de seis meses. Como a mancha AR4087 ficará voltada para a Terra em breve, novas explosões são esperadas para os próximos dias.
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