Preparando-se para a próxima geração da internet móvel de alta velocidade, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deve disponibilizar o edital do leilão do 6G em outubro de 2026. A informação foi divulgada pelo presidente do órgão, Carlos Baigorri, em entrevista à CNN na última sexta-feira (16).
Antes disso, a agência vai realizar a consulta pública sobre as faixas que serão utilizadas pela sexta geração da banda larga móvel, o que está previsto para acontecer em agosto deste ano. Esta etapa, que envolve uma série de discussões técnicas, é essencial para a futura atualização na conectividade móvel.
Leia também: Como o 6G vai mudar a internet móvel?O 6G promete velocidades ainda maiores que o 5G. (Imagem: Getty Images)Como deve acontecer o leilão do 6G?Como o processo de organização do edital ainda está em uma fase embrionária, por enquanto não há maiores informações a respeito do certame. Mas é provável que ele aconteça de maneira semelhante ao leilão do 5G, organizado pela Anatel em dezembro de 2021.
Naquela ocasião, as empresas que participaram da disputa concorreram por faixas de frequência, com as vencedoras ficando responsáveis pela implantação da tecnologia no espectro correspondente;Foram colocadas em disputa quatro faixas, no leilão feito há quase quatro anos: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz;Cada uma das faixas foi divida em blocos regionais e nacionais, com as operadoras fazendo ofertas para cada um deles;O certame aconteceu pouco mais de um mês depois da publicação do edital;Quase R$ 47 bilhões foram arrecadados com o leilão das faixas do 5G.Para o leilão do 6G, a expectativa é de que o evento reunindo as empresas de telecomunicações interessadas em explorar a oferta da tecnologia aconteça ainda em 2026 ou, no mais tardar, no início de 2027. Já em relação à arrecadação, a previsão é de que o certame renda pelo menos R$ 50 bilhões, embora a Anatel afirme ser cedo para projeções.
Saiba mais: Quais são as expectativas para o 6G?“Em termos de valor, isso é uma avaliação preliminar do Vinícius. Isso só será definido após a consulta pública, discussão com Tribunal (de Contas da União) e definição das metas”, explicou Baigorri. Ele se referia ao valor sugerido pelo conselheiro substituto do órgão, Vinícius Caram, que estimou a quantia mínima do investimento alguns dias antes.
Antes da implantação do 6G, o Brasil ainda precisar aumentar a oferta do 5G. (Imagem: Getty Images)Quando o 6G estará disponível?Apesar da possibilidade do leilão já ocorrer no final de 2026 ou em 2027, o 6G ainda vai demorar alguns anos para estar disponível. A futura rede de internet móvel está atualmente em desenvolvimento, com a participação de empresas como Nokia e Huawei, entre outras, nos testes.
Projeções mais recentes dão conta de que o 6G será lançado comercialmente no início da década de 2030, se o cronograma atual for seguido à risca. É possível que a conexão seja oferecida um pouco antes, em caráter experimental, em países que estejam mais avançados na implementação.
Quando estiver disponível, a próxima geração da internet móvel deve oferecer velocidades de download de até 1 Tbps, promovendo ainda mais a internet das coisas (IoT). Vale notar que serão necessários celulares compatíveis com a tecnologia para usufruir das melhorias, com os primeiros modelos devendo estrear em meados de 2030.
Confira: Recorde: cientistas alcançam quase 1 Tbps de velocidade em teste do 6GEnquanto o 6G não chega, o Brasil ainda trabalha para levar a conexão 5G para todo o território nacional. A previsão é de que o processo seja finalizado até dezembro de 2029, com a liberação da faixa 3,5 GHz podendo acelerar a liberação do sinal.
Você acredita que o substituto do 5G vai realmente trazer melhorias para a conectividade móvel? Nos conte as suas expectativas em relação ao 6G comentando nas redes sociais do TecMundo.